Os ex-governadores Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (sem partido) divulgaram notas para criticarem as declarações do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), no lançamento do Fundo de Estabilização Econômica (FEG). Na ocasião, Caiado comparou a gestão fiscal do seu governo com as das administrações anteriores, especialmente dos tucanos.
“Ronaldo Caiado não perde a oportunidade de mentir para continuar tentando enganar os goianos. Líder de um governo caloteiro e inoperante, ele agora inventa a criação de um fundo de estabilização econômica, que na realidade deveria se chamar ‘Fundo Da Institucionalização do Calote’”, afirmou Marconi Perillo.
O ex-governador tucano afirmou que a gestão de Caiado “falseou” números, em contraste ao que ele próprio apresentou em mensagem à Assembleia Legislativa no início de 2019. “Caiado tenta, de todas as formas, justificar o famigerado Regime de Recuperação Fiscal. Regime este que não foi aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e que só foi concedido por uma decisão judicial. Pois, segundo a avaliação do Ministério da Fazenda na época, a situação fiscal do Estado de Goiás era confortável”, afirmou Perillo.
“A verdade incontestável é uma só: Caiado assumiu o governo em janeiro de 2019 com uma dívida total em relação à União Federal no valor aproximado de R$ 18 bilhões, e deve entregar o governo ao sucessor com uma dívida superior a R$ 30 bilhões e sem ter pago um centavo sequer dessa dívida. Não existe nenhuma obra ou programa que justifique esse aumento estratosférico de nossa dívida”, enfatizou.
José Eliton
Já o ex-governador José Eliton, que comandou o estado de abril a dezembro de 2018, estando na época no PSDB, afirmou em nota que se faz necessário repor a verdade. “Na ânsia de dar alguma marca à sua gestão, o atual governador, afirmou que assumiu o Estado com 7,6 bilhões de dívida e com duas folhas de pagamento em atraso”, afirmou.
Eliton disse que a folha de novembro de 2018 foi integralmente quitada em sua gestão e que parte da folha de dezembro foi paga ainda no mês. “Mesmo que seu vencimento se daria em janeiro de 2019, portanto de responsabilidade do atual governo. E que, mesmo com recursos em caixa, optou por pagar a folha de janeiro e deixou para trás o remanescente da folha de dezembro, deliberadamente, para tentar passar a imagem de terra arrasada”, afirmou.
O ex-governador também afirmou houve superávit primário no exercício de 2018 no montante de R$ 1 bilhão. “Destaque-se que em 2018 nós pagamos integralmente os encargos da dívida consolidada do Estado no montante de R$ 1,9 bilhão, o que o atual gestor não fez, aumentando a dívida consolidada do Estado”, frisou.
“As únicas marcas que vão ficando do atual governo é o ódio, a perseguição, a mentira, a intimidação das instituições e a invenção legislativa para não licitar e para transferir recursos públicos diretamente aos amigos do rei. Enganam-se muitos, por muito tempo, mas certamente não se enganam todos por todo tempo. A verdade sempre há de prevalecer”, concluiu.