Meirelles volta a Goiânia para reafirmar sua pré-candidatura

O ex-ministro e atual secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, estará novamente hoje (10/3) e amanhã em Goiânia. Curiosamente, nem tanto para avançar nas conversas sobre possível aliança para uma candidatura sua ao Senado. Mas, para reafirmar que será candidato nas eleições deste ano. Para isso, ele terá encontro com o PSD Jovem e reuniões com aliados e com a cúpula estadual do partido.

Há algumas semanas crescem os rumores de que Meirelles poderia desistir de uma pré-candidatura ao Senado. O principal motivo seria concorrer à apenas uma vaga disponível para Goiás neste ano contra Marconi Perillo (PSDB), caso o tucano decida ser candidato a senador pela segunda vez (foi eleito em 2006).

Recentemente, em São Paulo, Meirelles teve encontro com Marconi. Ouviu do tucano que só vai decidir em junho ou julho sobre a sua candidatura, mas que está cada vez mais decidido a disputar as eleições deste ano. Pode disputar também o governo de Goiás ou, na menor hipótese hoje no PSDB, uma vaga para a Câmara dos Deputados.

As últimas pesquisas indicam que o ex-governador teria maior viabilidade eleitoral para o Senado do que Meirelles, que é conhecido por seu elevado pragmatismo. Numa disputa direta contra o tucano, o ex-ministro teria de gastar bem mais na sua campanha. Não que isso seja problema para ele, mas há limitações de gastos impostos pela Justiça Eleitoral.

A cúpula estadual do PSD está preocupada. Primeiro, com a cada vez mais provável desistência do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (sem partido), desistir de uma candidatura a deputado federal neste ano. Articula para ser indicado como conselheiro do TCE. Uma desistência de Meirelles deixaria o partido sem as suas duas principais apostas para este ano em Goiás.

Mas não é só o PSD que está preocupado. O núcleo político do Palácio das Esmeraldas também acompanha com muita atenção os passos de Meirelles. É o nome preferido para estar na chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que tem enviado aliados para conversar com o ex-ministro com a missão de manter ele no jogo eleitoral deste ano.