O principal candidato a governador pela oposição, Gustavo Mendanha (Patriota), mirou sua artilharia numa das principais promessas feitas pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na campanha de 2018: descentralizar a saúde pública do Estado. E promete regionalizar o atendimento.
Segundo Mendanha, 95% dos atendimentos de alta complexidade são feitos hoje em Goiânia, Anápolis e Aparecida. Disse ainda que apenas cinco das 18 regiões de saúde possuem leitos gerais em quantidades suficientes para atender às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sendo que dessas, apenas duas possuem suficiência em leitos de UTI.
Gustavo Mendanha promete implantar cinco complexos hospitalares regionais, sendo uma em cada macrorregião de saúde, com oferta de leitos clínicos, de psiquiatria, obstetrícia, pediatria, ortopedia e de atendimentos cardiológicos de alta complexidade e UTI.
“Hoje, por exemplo, se um cidadão sofre ataque cardíaco em Porangatu, ele precisa percorrer quase 400 quilômetros até Anápolis para receber atendimento. Quando é possível salvar a vida, normalmente fica com sequelas ocasionadas pela demora no atendimento”, frisou. O candidato usou no horário eleitoral o Hospital Municipal de Aparecida como exemplo.
Energia elétrica
Em sabatina com as entidades do Fórum Empresarial Goiano nesta segunda-feira (29/8), Mendanha criticou também a atuação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) sobre a crise na oferta de energia elétrica no Estado. “O atual governador tem culpado, durante entrevistas como candidato à reeleição, a má distribuição energética pela falta de crescimento de Goiás. Repete o que disse em 2018, mas não fez nada como governador e não propõe uma solução”, disse.
E aproveitou para explicar mais a sua (polêmica) proposta de destinar recursos do Estado, caso eleito governador, para a ampliação da rede de energia elétrica em Goiás. Como se sabe, este setor foi totalmente privatizado nos governos de Maguito Vilela (geração), Marconi Perillo (distribuição) e Ronaldo Caiado (transmissão). “Caiado teve quatro anos para resolver e se não for resolvido, iremos voltar a ver apagões em Goiás”, frisou na sabatina.
A proposta de Mendanha é que sejam construídos 800 quilômetros de linhas de transmissão, 22 novas subestações e reforma de outras 12. Para isto, afirmou que o Estado emprestaria R$ 2 bilhões para empresas interessadas em investir nesta expansão da rede. O candidato afirmou que ao solucionar o problema da distribuição de energia haverá mais investimentos em Goiás e aumento da arrecadação do governo, uma vez que a energia é uma das principais fontes de receitas do Estado (ICMS).
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