O aumento do IOF para ampliar o Auxílio Brasil, novo Bolsa Família, deve “travar” o benefício do programa para 2022 em R$ 300, segundo a equipe econômica do governo Bolsonaro. Para a pasta, a medida está dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e pode ser usada para a compensação de despesas, como o Auxílio Brasil. O montante de R$ 1,6 bilhão que será direcionado ao novo programa permitirá o pagamento de um benefício médio de R$ 300 a cerca de 17 milhões de famílias.
O mercado reagiu mal ao aumento do IOF e a avaliação é de que essa medida vai encarecer a tomada de crédito e aumentar os custos para as empresas, num momento delicado da recuperação econômica. Economistas também avaliaram a ação do governo Bolsonaro como “falta de dinheiro ou populismo”.
A empresária Luiza Helena Trajano (foto), presidente do Conselho Administrativo do Magazine Luiza, também critica. “Qualquer aumento de imposto num momento de recessão é ruim. Nós temos que fazer mais com menos, não mais com mais”, disse. Trajano frisou que programas de transferência de renda são fundamentais, mas argumentou que ninguém aguenta mais pagar imposto.
O Ministério da Economia tem tido dificuldades para abrir espaço no Orçamento de 2022 e implementar o Auxílio Brasil, programa no qual o governo espera aprovar ainda este ano, logo após o fim do auxílio emergencial.