O mercado imobiliário brasileiro encerrou 2023 com retração de 10,9% em seus lançamentos em comparação com 2022. O setor está distante dos números registrados em 2021, quando chegou a lançar 109.181 novos imóveis.
Apesar disto, no último trimestre de 2023 o mercado encerrou com alta de 20,7%, em relação aos três meses anteriores, com o lançamento de 85.470 imóveis. Esta reação sinaliza uma retomada de crescimento, destacou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia.
Para ele, a continuidade da queda dos juros, a maior solidez do governo e da política econômica, além do andamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) reforçam a estabilidade do mercado em 2024. A entidade projeta um crescimento entre 0% a 5% para este ano.
“Os juros estão no processo de queda, a inflação mais controlada e o emprego vem apresentando bons números. Ou seja, com esses pontos mais pacificados o setor consegue manter o ritmo de crescimento e agora o cenário tende a ser mais favorável”, disse.
O estudo foi realizado em 220 cidades, incluindo todas as capitais e as principais regiões metropolitanas do país.
Vendas
As vendas apresentaram queda de 3,2% no último trimestre de 2023 em relação aos três meses anteriores. Nesse período foram vendidas 82.231 unidades. Se comparado ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 1,7% nas vendas.
No acumulado de 12 meses foram vendidos 322 mil imóveis, o que aponta a saúde do mercado imobiliário. No 4º trimestre, o valor geral de vendas (VGV) chegou ao total de R$ 49 bilhões, número 21,9% maior que o registrado no mesmo período de 2022, que foi de R$ 40 bi.
A queda das unidades residenciais vendidas foi percebida em quase todas as regiões do país no 4º trimestre de 2023. A região que apontou a maior redução nas vendas foi a Nordeste (10%), seguido da Norte (5,9%). A única região que apresentou alta nas vendas no último trimestre de 2023 foi a Sul (8,8%).
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