Tem perdido força nos últimos dias o movimento de grupos políticos em apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e eleição de Marconi Perillo (PSDB) ao Senado. Que ficou conhecido como movimento ROMA. Embora muitos prefeitos vão fazer campanha para ambos, especialmente os do PSDB que declararam apoio à Caiado, esta mobilização ficará mais restrita à ações locais.
O comitê que estava sendo planejado para ser aberto em Goiânia, por exemplo, já foi descartado. Segundo o jornal O Popular, o prefeito tucano Carlos Alberto Leréia (Minaçu) justificou que o espaço físico não é mais necessário. “Num primeiro momento essa era a ideia, mas a repercussão foi tão positiva que o movimento está acontecendo em todos os municípios. Não precisa ter espaço”, disse.
Pressão palaciana
Não é bem isto. A verdade é que houve uma forte pressão do governador para abortar o crescimento deste movimento ROMA dentro da sua base. Ronaldo Caiado não vai impedir que prefeitos tucanos, por exemplo, peçam votos para Marconi Perillo. Mas, não quer que os candidatos a deputado de partidos que fazem parte da sua base reforcem o movimento.
Um exemplo é o seu ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, que nesta semana declarou total apoio para a eleição de Vilmar Rocha, presidente estadual do seu partido, para o Senado. Na semana passada, ele tinha declarado apoio para Marconi Perillo em Palmeiras de Goiás (saiba mais aqui).
Apesar da pressão do Palácio das Esmeraldas, alguns candidatos continuarão a pedir votos para o tucano nos municípios em que os prefeitos apoiam a eleição de Marconi Perillo. Principalmente, os que têm apoio destes prefeitos. Mas farão de forma mais discreta, sem dar muita visibilidade, inclusive nas suas redes sociais.