A Facily iniciou as suas atividades em Goiânia, com a proposta de permitir a compra coletiva de produtos no varejo a preço de atacado. O serviço já está disponível na Grande São Paulo e cidades do interior paulista, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília. Pela plataforma, que já soma mais de 6 milhões de downloads, os consumidores encontram muitos produtos, desde alimentos, itens da cesta básica, hortifruti, eletrônicos e bebidas a preços de atacado até acessórios para celular.
“Nosso objetivo é proporcionar aos consumidores de Goiânia uma experiência única de compra em nossa plataforma, onde todos saem ganhando”, afirma Luciano Freitas, cofundador e CMO da Facily. Segundo ele, o valor das mercadorias fica mais em conta porque, através do aplicativo, o usuário cria grupos de compra e compartilha com seus amigos, colegas e familiares. Em relação ao pagamento, a Facily trabalha com cartão de crédito, transferência bancária, PIX, boleto e até mesmo dinheiro, direto no ponto de retirada. O aplicativo pode ser baixado no smartphone pelo sistema Android e iOS.
Reclamações
O aplicativo, entretanto, tem sido alvo de milhares de reclamações nos mercados onde atua. Em julho passado, o Procon de São Paulo cobrou explicações do Facily sobre os problemas de entrega e falta de estorno registrados pelos consumidores. Em dois meses, o órgão contabilizou 11 mil reclamações contra o aplicativo, a maioria por atrasos na entrega e dificuldade de contato com a empresa. Luciano Freitas disse que a empresa havia crescido demais em pouco tempo e isso havia afetado sua operação. “Somos uma startup com estrutura de startup. Na pandemia, crescemos dois dígitos por mês. Mas neste ano estamos crescendo três dígitos. Dobramos de tamanho mês a mês e com isso vieram as dores do crescimento”, justificou.
Freitas, do Facily, diz que a empresa está trabalhando para resolver os atrasos de entrega e estornos. “Vamos resolver 100% dos problemas. Chegamos a um ponto que não podemos só dobrar o número de pedidos, mas precisamos dobrar a estrutura de desenvolvedores, suporte, logística. Mas leva tempo entrevistar todo mundo”, afirmou.
O Facily também é acusado pelo Procon/SP de descumprir a regra de informar com clareza os preços cobrados. No app, a empresa destaca apenas os valores com desconto dos itens comprados em grupo. Ou seja, não informa qual o valor da compra unitária e sem desconto, o que prejudica a comparação de preços e a compreensão do consumidor. Em seus termos e condições de uso, a Facily também se isenta de responsabilidade por eventuais problemas nos serviços prestados e não respeita o direito ao arrependimento, que prevê que o consumidor pode desistir da compra feita de forma remota dentro do prazo de sete dias e receber de volta o valor integral.