O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta terça-feira (25/4) a “violação da integridade territorial da Ucrânia” pela Rússia. Foi em discurso na Assembleia da República, parlamento português. “Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais”, afirmou em discurso lido.
Para Lula, na Europa, “políticos demagogos” negam os benefícios conquistados com a paz e a cooperação na União Europeia. “Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da história. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política”, disse Lula.
Lula também citou que a falta de regulação das redes sociais está impulsionando ideologias extremistas. “O mundo tem visto o recrudescimento de ideologias extremistas, impulsionadas pela ditadura dos algorítimos. Elas reduzem o espaço para o diálogo e a empatia, propagam o ódio e constrangem a expressão de nossa humanidade”, disse.
Vaias
Durante o discurso, o presidente brasileiro foi alvo de protestos de parlamentares do partido Chega, de extrema-direita. As manifestações começaram quando Lula disse que se sentia em casa em Portugal. Vários levantaram cartazes com mensagens contra a corrupção. O presidente do Parlamento português, Santos Silva, interrompeu a fala e cobrou respeito. Lula encerrou o discurso com a frase: “Viva a liberdade e democracia, não ao fascismo”.
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