“Neste mundo novo, ter sucesso com as velhas regras pode significar perder o jogo”, afirmou Gil Giardelli, roboticista e professor que trabalha com questões éticas para Inteligências Artificiais. Dentre elas, o movimento que a humanidade está fazendo rumo à Sociedade Global do Conhecimento, em que o enorme conhecimento humano está disponível facilmente para todos.
Giardelli fez a análise durante o evento CoopsParty Summit 2024, realizado nesta semana pelo Sistema OCB/GO no Centro de Convenções PUC Goiânia.
Gil chama atenção para novidades, antes impensáveis, que surgiram a partir de uma explosão de inteligência vinda das Deep Techs, empresas de tecnologia profunda. Entre os exemplos, a 1° empresa de desextinção de espécies. Ou seja, empresas que produzem carne de animais extintos ou sem matar animais; companhias de semeadura de nuvens e fazendas verticais.
“O futuro já chegou, só está mal distribuído”, enfatizou.
Para o roboticista, o mundo é muito mais do que conseguimos enxergar. Ele prevê que o futuro da indústria será a versão 6.0, quando as fábricas inteligentes, sustentáveis e autônomas se espalharão. “Diante dessa nova realidade é preciso se adaptar rapidamente para proteger ou criar um negócio ou ideia. Se você não destruir criativamente o que faz, alguém fará isso por você”, afirma.
Ética
Mesmo diante de tantas novas tecnologias, Giardelli ressalta a importância humana na inovação: “Nada disso tem sentido se não tiver a ética no centro de tudo”. O professor cita a necessidade de usarmos os avanços para a diminuição de tarefas pouco humanas. “No século 21, (com os avanços tecnológicos) é justo que humanos ainda recolham papel higiênico de outros?”. Giardelli oferece uma dica que julga ser indispensável para o futuro: “Não use velhos mapas para descobrir novas terras.”