A Operação Cash Delivery, deflagrada em 2018 pelo Ministério Público Federal para investigar suposto caixa 2 pago pela Odebrecht, foi arquivada pela Justiça Eleitoral por “excesso de prazo da investigação”.
Isto, seis anos depois de causar enorme estrago na campanha eleitoral do PSDB em Goiás. A decisão foi do juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 135º Zona Eleitoral.
O juiz aponta “constrangimento ilegal” e diz que “os investigados não podem ser penalizados com o prolongamento das investigações em razão das vicissitudes ocorridas durante a sua tramitação”.
A decisão ocorreu a partir de recursos da defesa do ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Rincón (PSDB) e do empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior. Ambos foram presos à época da operação, em setembro de 2018.
Em 2018, quando disputou uma vaga ao Senado, o ex-governador Marconi Perillo também chegou a ser preso.
A decisão inédita contou com a defesa dos escritórios Romero Ferraz Advogados e Zanin Martins Advogados, que entendem que ela mostrou como ocorreu usurpação e manipulação de competência no julgamento.
Outro processo
O juiz da 135ª Zona Eleitoral também arquivou, na quinta-feira passada (25/4), o processo de investigação de pagamento de Caixa 2 pela empresa JBS para a campanha eleitoral de Marconi Perillo em 2010.
A decisão ocorreu um dia depois do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, ter concedido habeas corpus que determinou o trancamento da investigação por “constrangimento ilegal”, diante da demora da tramitação.
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