As principais lideranças de partidos e de entidades que fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro preparam para o primeiro domingo de outubro (dia 3) atos em todas as capitais contra o seu governo, em uma resposta às manifestações bolsonaristas realizadas no domingo passado (07/9), segundo apurado pelo ENTRELINHAS GOIÁS. Até existem atos contra Bolsonaro previstos para o próximo domingo (dia 12), mas a avaliação (especialmente do PT) é que precisa haver maior mobilização de lideranças e de pessoas depois que o presidente demonstrou força popular nos atos de domingo passado. Ou seja: é preciso também encher as ruas.
Entretanto, a oposição encontra alguns problemas. Primeiro: não demonstra, até o momento, disposição de união. O PT quer liderar os protestos, até mesmo para dar o protagonismo ao ex-presidente e pré-candidato Lula. Algo que não é aceito pelos demais partidos que também têm pré-candidatos a presidente. O segundo problema é que o PT não aceita a participação de movimentos independentes, como o Movimento Brasil Livre (MBL), que defende o Nem Nem: Nem Bolsonaro, Nem Lula.
Pró-Lula
O mais provável é que as manifestações de outubro sejam realizadas por lideranças e apoiadores de Lula, mobilizadas pelo PT. O que aumenta a responsabilidade dos petistas em mobilizar uma quantidade de pessoas do mesmo tamanho ou maior que o visto no último domingo em várias capitais brasileiras, especialmente em Brasília e São Paulo. Mas, isto também não representará a vontade da maioria da população brasileira, como não demonstrou os atos pró-bolsonaristas em 7 de Setembro, e apenas de apoiadores de Lula.
Ou seja: uma grade parcela da população brasileira, que deverá decidir a eleição presidencial de 2022, deve continuar apenas observando, em silêncio. Só vai para as ruas quando considerar que é, realmente, necessário. Como fez nos atos que acabaram derrubando a presidente Dilma Rousseff.