O senador goiano Jorge Kajuru (PSB-GO) elogiou em pronunciamento nesta terça-feira (15/8) no plenário do Senado o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo presidente Lula (PT). Disse que o novo PAC é a “retomada de mais uma bandeira petista das gestões anteriores: priorizar projetos estruturantes”.
Kajuru salientou que o novo programa será dividido em áreas como transporte, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética, infraestrutura social e defesa.
“O novo PAC deverá contar também com recursos das estatais, financiamentos de bancos públicos e privados por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas [PPPs]. Isso leva expectativa que os investimentos atinjam mais de R$ 1 trilhão em quatro anos”, enfatizou.
“É muito dinheiro e grandes oportunidades de que sejam alavancados setores estratégicos da economia, com consequências positivas em vários níveis. O governo federal acredita que o novo PAC pode gerar até 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos”, disse. Mas também cobrou do governo Lula a conclusão das obras paradas dos PACs anteriores.
Ex-bolsonarista
No início de seu mandato como senador, Jorge Kajuru foi um forte aliado do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Inclusive, com direito a lives em redes sociais do goiano direto do Palácio do Planalto. Mas a relação de ambos começou a se desgastar depois que o senador divulgou uma conversa gravada que ele teve com o ex-presidente sobre a CPI da Covid no Congresso Nacional. Nela, Bolsonaro teria recomendado convocar governadores e prefeitos. O ex-presidente criticou Kajuru pela gravação e vazamento da conversa.
Neste ano, Kajuru disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Bolsonaro inelegível é “relevante na história política recente, recheada de crises, golpes, tentativa de golpes e impeachment”. Afirmou ainda que o julgamento de Bolsonaro é um alerta aos políticos, que deveriam “exibir posturas adequadas na disputa dos cargos que almejam e conquistam”.
O senador goiano ressaltou que o ex-presidente foi alvo de 158 pedidos de impeachment durante o mandato de quatro anos e recebeu 31 advertências da Justiça por conta de ataques ao sistema eleitoral. “Bolsonaro colhe o que plantou. Está sendo punido pelo conjunto da obra, pelo governo que pode ser visto como uma anomalia institucional”, disse.
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