O Produto Interno Bruto (PIB) goiano caiu 1,3% em 2020 e somou R$ 224,1 bilhões. Entretanto, foi uma queda menor que a média nacional naquele ano, quando a economia sofreu forte impacto com a pandemia da Covid-19. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (16/11) pelo IBGE, o PIB brasileiro sofreu um tombo de 3,3%, caindo para R$ 7,6 trilhões. Com este resultado, a economia goiana representa 2,9% da nacional. Manteve a nona posição entre as economias do Brasil, em termos de valor de PIB, e a segunda no Centro-Oeste.
Já o PIB per capita goiano em 2020 foi de R$ 31,5 mil, alta de 6% em relação a 2019. Portanto, Goiás permanece entre as 11 unidades da Federação com os maiores PIB per capita do país. Contudo, é o único Estado do Centro-Oeste com PIB per capita menor que o nacional em toda a série.
A agropecuária e a indústria de Goiás tiveram variação positiva em 2020, enquanto o setor de serviços apresentou variação negativa. O agronegócio cresceu 9,9% em 2020, em relação a 2019, e participou com 14,5% do valor agregado à economia do Estado no mesmo ano. Deveu-se, principalmente, ao desempenho da agricultura, que cresceu 13,6%. Nesta atividade, a maior contribuição veio da expansão da produção de soja. A pecuária avançou 1,9%.
Indústria e serviços
A Indústria goiana apresentou crescimento de 0,4% em 2020, na comparação com o ano anterior. Os segmentos que mais avançaram em 2020 foram as indústrias de transformação e Eletricidade, gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. Mas, houve queda nas indústrias extrativas (-3%) e construção (-2,4%).
Embora o crescimento da indústria goiana tenha sido pequeno, ele contribuiu para o aumento da participação da atividade no PIB do estado, passando de 21,2% em 2019 para 23,6% em 2020. É o segundo aumento consecutivo, após a maior queda na participação da série histórica ocorrida em 2018 (-20,8%). A indústria possui a segunda maior participação no PIB de Goiás, ficando atrás apenas dos serviços.
O setor de serviços foi um dos mais atingidos pela pandemia. Em Goiás, sofreu queda média de 3,5% em 2020. A restrição de circulação de pessoas impactou sobretudo as atividades de alojamento e alimentação, serviços domésticos, transportes, armazenamento e correio e artes, cultura, esporte e recreação. Apenas as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, atividades imobiliárias, profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares apresentaram crescimento.
Salários
A remuneração dos trabalhadores goianos perdeu novamente participação em relação ao ano anterior, saindo de 43,5%, em 2019, para 39,6% do PIB goiano, em 2020.