Estudo do Sebrae e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que as micro e pequenas empresas do setor de confecção de roupas e acessórios são as que têm maior potencial para exportar, principalmente com os seguintes produtos: camisetas de malha, maiôs e biquínis, calças e shorts. As outras nove atividades são a fabricação de produtos alimentícios; conservas de frutas, legumes e acessórios; móveis; sabões e detergentes; produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; produção de lavouras permanentes (cultivo perenes, como café, maçã e laranja, por exemplo); laticínios; moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais; fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada e fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos.
Os principais destinos identificados como oportunidades para exportação dos produtos desses negócios são Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Estados Unidos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai. “O potencial exportador para esses países pode ser explicado por aspectos como distância geográfica, posição de mercado dos produtos brasileiros e ambiente de negócios facilitado por acordos comerciais”, explica Carlos Melles, presidente do Sebrae.
Em 2019, o setor de confecção de roupas e acessórios contava com mais de 42 mil micro e pequenas empresas, responsáveis por quase 370 mil postos de trabalho formal, de acordo com o estudo. A pesquisa mostra que as oportunidades de exportação estão, principalmente, em 18 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. “O potencial exportador para esses países pode ser explicado por aspectos como distância geográfica, posição de mercado dos produtos brasileiros e ambiente de negócios facilitado por acordos comerciais”, diz Melles.
Há, pelo menos, 50 setores em todos os estados brasileiros das cinco regiões com potencial para exportar, segundo a pesquisa. Conforme o Sebrae, esse trabalho tem a intenção de fazer com que os empreendedores, de acordo com o seu setor e território, conheçam melhor o mercado internacional e preparem seus produtos para ultrapassar as fronteiras. “Um dos pontos relevantes do estudo é que ele utiliza as distâncias entre os estados produtores e o país de destino para diminuir o custo logístico, além do idioma oficial do país de destino. Essa é uma das formas de medir a aproximação cultural, que tende a facilitar os negócios, especialmente para as micro e pequenas empresas que, em geral, possuem uma estrutura administrativa enxuta, sem um setor exclusivamente dedicado ao comércio exterior”, frisa.