A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE estima que existem 606 mil pessoas com deficiência em Goiás, no grupo etário de dois anos ou mais de idade. Isto representa 8,5% da população total estimada do Estado. Deste total, 228 mil possuem dificuldade para andar ou subir degraus. Outras 199 mil têm dificuldade para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato.
Ainda 177 mil pessoas em Goiás têm dificuldade para aprender, lembrar-se das coisas ou se concentrar. E 126 mil possuem dificuldade para levantar uma garrafa com dois litros de água da cintura até a altura dos olhos. Os demais tipos de dificuldades funcionais, por sexo, em Goiás, podem ser vistos na tabela a seguir.
Das pessoas com deficiência na força de trabalho em Goiás, apenas 175 mil estavam ocupadas no estado. O nível de ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – é de 63,9% em geral. Na desagregação das pessoas com deficiência, a taxa passa a ser de 30,5%, enquanto para as pessoas sem deficiência é de 67,5%.
Renda
O estado tem o terceiro maior nível de ocupação do país, com 63,9%. Porém, tem apenas o nono maior nível de ocupação quando consideradas apenas as pessoas com deficiência (30,5%). A pesquisa levantou também dados sobre o rendimento mensal domiciliar per capita das pessoas de dois anos ou mais de idade com deficiência. Das 606 mil pessoas com deficiência nessa faixa etária no Estado, 345 mil recebem até um salário-mínimo.
Goiás tem a nona menor taxa de analfabetismo do país, para as pessoas de 15 anos ou mais de idade, com 4,5%. Entretanto, essa taxa se quadruplica entre as pessoas com deficiência, que chega em 18,4%. Para as pessoas com deficiência e 60 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo chega em 25,8%.