O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, quando comparado ao quarto trimestre de 2020, segundo divulgou hoje (1/06) o IBGE. Houve taxas positivas na Agropecuária (5,7%), Indústria (0,7%) e Serviços (0,4%). Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1%. Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,048 trilhões.
Mas, no acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2021, a economia brasileira recuou 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. . Esta taxa resultou do recuo de 3,7% do Valor Adicionado a preços básicos e de 4,4% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (2,3%), Indústria (-2,7%) e Serviços (-4,5%).
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 17,0% no primeiro trimestre de 2021, a maior taxa desde o segundo trimestre de 2010. Este crescimento é justificado pelo aumento da produção interna de máquinas e equipamentos, pelos impactos do Repetro e pelo crescimento do desenvolvimento de softwares.
A Despesa de Consumo das Famílias caiu 1,7%. Esse resultado ainda pode ser explicado pelo aumento da inflação e reflexos da pandemia que afetaram negativamente o mercado de trabalho, reduzindo o número de ocupações e a massa salarial real. A Despesa de Consumo do Governo também apresentou queda (-4,9%) em relação ao primeiro trimestre de 2020.
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2021 foi de 19,4% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,9%). A taxa de poupança foi de 20,6% no primeiro trimestre de 2021 (ante 13,4% no mesmo período de 2020).
A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 60,1 bilhões, ante R$ 80,3 bilhões no mesmo período de 2020. A queda da Necessidade de Financiamento é explicada, principalmente, pela redução de R$ 22,7 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo, especialmente lucros e dividendos, e pela redução de R$ 6,0 bilhões no saldo externo de bens e serviços.