Uma operação do Ministério Público do Estado de Goiás, em conjunto com a Polícia Militar, cumpre sete mandados de prisão e 36 de busca e apreensão na na sede da Comurg, na Vila Aurora, e em outros endereços em Goiás e no Mato Grosso. Segundo o MP-GO, a investigação aponta para a existência de “uma complexa organização criminosa empresarial que, detentora de grande poderio econômico”, suspeita de fraudar licitações em 148 municípios do Estado de Goiás, 49 municípios do Mato Grosso, um município do Tocantins e um município da Bahia. A operação, denominada de Fator R, também fez buscas e apreensões em endereços no Setor Bueno.
De acordo com os promotores, o grupo criminoso recebeu, em dez anos, aproximadamente R$ 71.675.380,53 (valores não corrigidos) em contratos firmados com a quase totalidade dos municípios goianos. A organização criminosa utilizou um esquema fraudulento denominado Falso Simples, que burlou concorrências públicas, qualificando-se como empresa de pequeno porte ou microempresa, quando, na verdade, tratava-se de um único grupo empresarial de grande porte. Os investigados criaram inúmeras outras empresas com a finalidade de blindar o patrimônio e ocultar a verdadeira propriedade das pessoas jurídicas.