Os óbitos em Goiás caíram 22,6% em 2022, na comparação com 2021. Foram 45.902 contra 59.332 de 2021, uma diferença de 13.430 casos. O número de óbitos no estado ficou acima do quantitativo de 2019. Porém, abaixo dos anos pandêmicos de 2020 e 2021. Segundo divulgou nesta quarta-feira (27/3) as Estatísticas do Registro Civil do IBGE.
Em Goiânia, a diferença em percentual foi maior: foram 9.722 óbitos em 2022, 13.233 casos em 2021 e 10.611 em 2020, representando queda de 26,5% na comparação 2022/2021. No país, essa redução foi menor (15,7%).
No estado, verificou-se queda tanto nos óbitos em hospitais quanto em domicílio. Sendo proporcionalmente maior a queda nos casos de óbitos em hospitais (-24,8%) do que nos casos em domicílios (-17,8%).
No tocante ao sexo do falecido, apesar de haver quedas maiores entre os homens em relação às mulheres, em 2022, o quantitativo de óbitos entre o sexo masculino ainda é maior, com diferença de 34%. Foram 26.280 óbitos entre os homens e 19.613 óbitos entre as mulheres no estado.
Idades
Foi investigado pela pesquisa o total de óbitos por faixa etária. Verificou-se que, em 2022, houve queda de 41,2% no número de casos de óbitos em relação a 2021 na faixa entre 50 e 54 anos em Goiás. Também destacam-se as quedas dos grupos entre 35 a 60 anos, que apresentaram quedas maiores que 38%.
Os únicos grupos com aumento foram os das pessoas menores de 15 anos (7,7%) e das pessoas com idade entre 95 e 99 anos (1,5%). Comportamento semelhante foi observado no país e em Goiânia, com os grupos de idade do falecido entre 35 e 60 anos apontando as maiores reduções na comparação com 2021.
Quando se consideram as mortes segundo a natureza do óbito, em 2022, 90,6% dos óbitos foram por causas naturais, 7,8% por causas externas e em 1,6% não foi possível obter a causa.
Como esperado, tendo em vista o aumento atípico da mortalidade em função da pandemia de Covid-19 e a redução que começou a ocorrer em 2022, houve apenas decréscimo de óbitos entre aqueles registrados como de causas naturais.
Entre as causas não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.), houve aumento de 67 óbitos em 2022 na comparação com 2021.
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