A pré-candidatura do governador paulista João Doria para a eleição presidencial deste ano enfrenta forte resistência dentro do seu próprio partido, o PSDB. Motivo: o tucano não avança nas pesquisas de intenção de votos, estando sempre na última fileira, e tem elevada rejeição no eleitorado brasileiro. Parte das lideranças tradicionais do PSDB se reuniu em Brasília, na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga, e defendeu a desistência de Doria.
Deputados e senadores temem serem impactados com o alto índice de rejeição a Doria. Pré-candidatos a governador do PSDB também estão preocupados em ter nos seus palanques regionais uma candidatura que não desperte entusiasmo na militância e no eleitorado.
Entre as alternativas estariam o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB), que aparece atrás de Doria nas pesquisas, ou o lançamento do governador gaúcho Eduardo Leite, derrotado nas prévias, por outro partido. Eduardo Leite cogita uma migração para o PSD, e há indícios de que, caso a mudança se concretize, uma série de parlamentares acompanhará o gaúcho.
O grupo de Doria defende que o governador paulista tem rejeição menor que a do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) e que conseguirá crescer nas pesquisas, assim que começar sua pré-campanha, quando deixar o governo de São Paulo em abril.