O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) prestou contas de sua gestão nesta terça-feira (26/3) na Câmara de Goiânia e admitiu que os gastos com a folha salarial da Prefeitura estão próximos do limite prudencial (50,3% da receita líquida). O gasto com pessoal saltou de R$ 3,39 bi em 2022 para R$ 4,21 bi em 2023, aumento real de 18,5%. “Por isso, estamos buscando medidas de contingenciamento”, frisou.
O secretário de Finanças, Vinícius Henrique Alves, afirmou que no ano passado a Prefeitura de Goiânia teve receita total de R$ 8,230 bilhões e despesa total de R$ 8,341 bilhões. Ou seja: déficit de R$ 111 milhões em 2023. “Foi absorvido pelo superávit do ano anterior. Portanto, o município está conseguindo realizar a despesa com recursos próprios”, disse.
Enfatizou o crescimento real da arrecadação em 4,66% no ano passado, impulsionado pelas receitas de R$ 3,13 bilhões. Sendo R$ 1 bilhão em Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) e R$ 1,17 bilhão em Imposto Sobre Serviço (ISS), entre outros.
Além do aumento da arrecadação do Imposto de Transmissão de Imóvel (ITBI), já que, a partir do ano passado, a Prefeitura pode reter o Imposto de Renda também de pessoas jurídicas, o que fez esse tipo de arrecadação subir em 34,28%.
Investimentos e emendas
Apesar do déficit, Rogério Cruz informou que a Prefeitura aplicou recursos na saúde e na educação acima dos mínimos constitucionais: 21,13% da receita líquida para saúde (a Constituição prevê 15%) e 26,1% em educação (mínimo é de 25%). Também afirmou que a sua gestão destinou cerca de R$ 300 milhões em investimentos em 2023 e que pagou 98,3% das emendas impositivas dos 35 vereadores, no total de R$ 76 milhões.
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