A Prefeitura de Goiânia trabalha na remodelação do projeto de Sandbox Regulatório. A atualização, que segue modelo adotado na cidade de São Paulo, adotará uma área a ser tida como referência e setores para implantação de tecnologias que demandem uma específica que não possa ser desenvolvida na principal.
Sandbox é um ambiente seguro usado por desenvolvedores para testarem novos programas, aplicativos e plataformas protegido contra os ataques de hackers e de fraudes. É também livre de regulações para pesquisas, testes e validação de tecnologias. É voltado principalmente para que startups possam oferecer e testar novos produtos dentro do contexto de cidades inteligentes. O governo de São Paulo foi o primeiro a adotar o modelo no Brasil, em 2021.
Soluções já existentes são verificadas em mercado, a fim de gerar modelos de negócios com grande capilaridade. Todas estas tecnologias serão antes testadas pelo Sandbox. “Ao acompanhar iniciativas em cidades inteligentes em todo o país, verificamos que a remodelação da estrutura funcional do Sandbox significaria um ganho enorme para a cidade”, afirma o prefeito Rogério Cruz (Republicanos).
A Prefeitura prevê, por exemplo, utilizar esse ambiente para aprimorar o trabalho da Defesa Civil no monitoramento climático, de regiões com potencial de alagamento, de encostas e nível de córregos, de qualidade do ar e queimadas, dentre outros.
Prevenção
“O Sandbox permite que, em áreas específicas, possam ser testados equipamentos e iniciativas tecnológicas, utilização de melhorias na qualidade de vida da população, além de sistemas para monitoramento em geral. Torna-se possível realizar o envio de dados para uma central de análise, que poderá demandar ações imediatas ou de prevenção de desastres”, detalha o secretário do Escritório de Prioridades Estratégicas (EPE), Everton Schmaltz.
A decisão de atualização do projeto ocorre após intercâmbio entre o Escritório de Prioridades Estratégicas (EPE) e Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sictec) com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o município de São Paulo, que adotou modelo semelhante ao que será implantado em Goiânia.
“As cidades possuem legislações próprias que, muitas vezes, não contemplam o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Então, o decreto delimita áreas para que sejam testadas, o que contribui para a desburocratização e celeridade”, observa Schmaltz. Após testes, devidamente acompanhados de validação pela sociedade e pelo poder público, a tecnologia pode ser adotada pela gestão. Desta forma, o Sandbox funciona como um laboratório em escala urbana, tanto em tecnologia quanto em modelos de negócios.
Leia também: Prefeitura de Goiânia tem pressa em agilizar licitações