Existem em Goiânia 2,5 mil empresas consideradas Grandes Geradores de Resíduos Sólidos (GGRS), mas somente 30% delas estão cadastradas na Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Agora a Prefeitura de Goiânia promete aumentar a fiscalização, principalmente do descarte irregular, que pode gerar notificações e multas.
A legislação classifica como Grandes Geradores restaurantes, bares, panificadoras, supermercados, shoppings e outros comércios com geração diária de resíduos superior a 200 litros; condomínios verticais mistos (com residências e comércios) com geração diária superior a 1000 litros; todos os condomínios horizontais, independentemente da quantidade.
Nestes casos, o poder público fica isento das responsabilidades de separação, transporte e gestão residual. “Os Grandes Geradores têm a obrigação de contratar empresas habilitadas para fazer a gestão dos resíduos sólidos e dar a destinação adequada. Eles devem fazer a separação do lixo reciclável do orgânico, encaminhando apenas o orgânico ao aterro sanitário. Já a gestão do lixo de residências comuns e pequenos e médios geradores, cabe à nossa empresa”, explica o presidente da Comurg, Alisson Borges.
Segundo ele, em poucos anos em vigência, a Lei contribuiu para que as empresas e comércios melhorem a gestão do lixo em Goiânia. “Há o exemplo de um shopping que reduziu a quantidade de resíduos enviada ao aterro sanitário, de 25 containers para apenas 5. Isso graças à separação do lixo e reciclagem”, afirma.
Alisson Borges aponta que os benefícios são de aspecto social e ambiental. “A reciclagem gera emprego e renda para centenas de famílias que vivem desse ramo. Além disso, reduz a demanda por materiais novos e aumenta a vida útil do aterro sanitário, que passa a receber de fato apenas o lixo orgânico”, ressalta.