Vista inicialmente como um afago ao presidente Jair Bolsonaro, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de levar ao Plenário a PEC do voto impresso já é encarada por políticos como a oportunidade para sepultar de vez o assunto. Dos 24 partidos representados na Câmara, 15 já se manifestaram contra o voto impresso. A proposta foi rejeitada na comissão especial por 23 votos a 11, mas parlamentares avaliam que uma derrota igualmente expressiva no Plenário deixará o Executivo sem condições de insistir no tema. Bolsonaro usa o voto impresso como casus belli em seu confronto com o Judiciário. Derrotado pela maioria da Câmara, ele precisaria lutar com o Legislativo também, o que nunca é um bom negócio.