A cúpula nacional do PSD, comandada por Gilberto Kassab, caminha para apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Lula para 2022. As conversas estão bem adiantadas e pode, inclusive, envolver a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao partido para ser vice na chapa do petista. É o partido de Henrique Meirelles, pré-candidato ao Senado por Goiás, que foi presidente do Banco Central nos dois governos de Lula. E Kassab também foi ministro no governo petista de Dilma Rousseff.
Convém lembrar que o PSD tem a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para a presidência da República. Mas, em Brasília, poucos acreditam que este projeto vai se viabilizar eleitoralmente até julho, mês das convenções partidárias. O partido de Kassab queria lançar Alckmin como candidato ao governo de São Paulo, mas o ex-governador demonstra interesse maior em ser vice de Lula. As resistências no PT à isto já estão sendo contornadas pelo ex-presidente, que na semana passada mandou recados para alguns petistas.
Para avançar na negociação, o PT lulista estaria negociando apoio dos petistas para candidaturas do PSD aos governos de alguns Estados, como em Minas Gerais, além de um compromisso de ajudar a reeleger Pacheco na presidência do Senado, caso Lula seja eleito novamente presidente da República. E a vice na chapa majoritária, claro.
Como o PSD não terá candidato ao Palácio das Esmeraldas, Goiás tem passado longe desta negociação. Segundo aliados do presidente estadual do partido, Vilmar Rocha, haveria total independência da legenda no Estado para formar a aliança necessária para eleger Meirelles ao Senado e eleger (e reeleger) deputados estaduais e federais. Outro detalhe é que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por enquanto, o PSD caminha é para uma aliança com o governador Ronaldo Caiado (DEM), tendo Meirelles na vaga majoritária para o Senado. É o plano A do partido em Goiás. Entretanto, como Caiado deve deixar a decisão sobre esta vaga para mais próximo das convenções partidárias (saiba mais aqui), lideranças do PSD tem conversado com outras frentes, entre elas, a do prefeito Gustavo Mendanha (sem partido), também pré-candidato a governador.