O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, trucou hoje (20/6) em Goiânia. Disse que o seu partido terá candidato ao Senado e que o nome é do deputado estadual Lissauer Vieira. Detalhe: estando ou não na chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), embora a prioridade é de concretizar esta aliança.
Kassab não disse, mas muitos entenderam a sua declaração como sinal de que o PSD pode caminhar com outra chapa em Goiás, caso a do governador escolha outro nome para senador. Com maior viabilidade eleitoral, por exemplo.
A declaração de Kassab foi reforçada, inclusive, por Lissauer. O presidente da Assembleia Legislativa afirmou que será candidato ao Senado em qualquer situação. Entretanto, deixou claro que o seu desejo é estar na chapa de Caiado.
A pressão não funcionou muito. Depois das declarações, Kassab e Lissauer estiveram no Palácio das Esmeraldas. Na reunião, em que também estavam Daniel Vilela (presidente estadual do MDB) e Vilmar Rocha (presidente estadual do PSD), ouviram do governador que a decisão sobre o Senado ainda precisa de tempo.
É que existem pelo menos quatro nomes interessados pela vaga na chapa governista, embora hoje a disputa está maior entre Lissauer Vieira e Alexandre Baldy, presidente estadual do PP.
Chapa de deputados
Caiadistas lembraram também que a chapa de pré-candidatos a deputado estadual e federal do PSD foi reforçada com a ajuda do Palácio das Esmeraldas. Todos na sala eram experientes para entender o recado.
Se o PSD apoiar outro nome ao governo de Goiás, pode perder nomes importantes nas chapas proporcionais. Quem mais perderia, neste caso, é o deputado federal Francisco Júnior, que teria maior dificuldade para conseguir a sua reeleição.
São recados que ficaram nas entrelinhas. Nada direto. Até porque a maioria do núcleo político do governo defende que a vaga ao Senado na chapa de Caiado seja de Lissauer. Mas, os palacianos querem evitar que isso beneficie Gustavo Mendanha (Patriota) ou Marconi Perillo (PSDB). Por isso, a cautela e indefinição. E não adianta pressionar.