A maioria no PT goiano deverá insistir em ter o ex-reitor da PUC/GO, Wolmir Amado, como vice na chapa de Marconi Perillo (PSDB) para a eleição ao governo de Goiás. Isto, claro, se a aliança for concretizada. Embora tenha uma boa relação pessoal com Wolmir Amado, o ex-governador tem sinalizado preferência de ter a deputada estadual Adriana Accorsi (PT) como vice.
Por vários motivos: ser mulher (metade do eleitorado goiano é feminino), ter maior afinidade pessoal (ela já integrou o seu governo), representa o setor da segurança pública (é delegada da Polícia Civil) e teria menor resistência na militância tucana.
Entretanto, a decisão no PT envolve vários grupos internos e geralmente é definida em convenção do partido. Membro da direção nacional do PT, o ex-deputado Luis Cesar Bueno disse para o jornal O Popular que a aliança com o PSDB vai fortalecer o palanque de Lula em Goiás. Mas ressaltou: “É importante enaltecer que o Wolmir Amado que foi um guerreiro de primeira hora, levantou a bandeira do presidente Lula e é o vice que representa o PT na chapa.”
Marconi Perillo tem tido várias reuniões com as cúpulas nacionais do PSDB e PT para viabilizar uma aliança em Goiás e sua candidatura ao governo estadual. Não é uma costura fácil, principalmente pelo histórico de adversidade entre os dois partidos, especialmente no plano nacional. Em Goiás, quando governador, Marconi Perillo manteve boa relação com os petistas, embora nas eleições estaduais sempre estiveram em campos opostos.
Caso esta aliança não se confirme, o ex-governador tucano deve confirmar sua candidatura para a Câmara dos Deputados. E, ainda assim, o PSDB precisará de uma aliança para evitar ter de ir para a eleição deste ano apenas com chapas proporcionais.
Saiba mais: Chapa em discussão: Marconi/Adriana/Eliton