O PT mantém a meta de atrair o PSDB para uma histórica aliança nas eleições deste ano. O objetivo principal é fortalecer o palanque do ex-presidente Lula, mas isto também pode reforçar as candidaturas do centro-esquerda em alguns Estados. Entre eles, em Goiás. Entretanto, os petistas estão muito cautelosos com esta estratégia.
Primeiro, porque o PSDB tem pré-candidato a presidente: o ex-governador paulista João Doria. Além disso, o histórico de adversidade entre os dois partidos é maior em alguns Estados, inclusive em Goiás. E muitos tucanos preferem apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL), caso a candidatura de Doria não deslanche mesmo.
Caso uma aliança não seja viável para o primeiro turno da eleição presidencial, os petistas querem já construir pontes para uma união das oposições no segundo turno, caso aconteça. Para isto, afirmam que já construíram uma boa relação com tucanos de peso, como o senador Tasso Jereissati, o ex-senador Teotônio Vilela Filho e o ex-governador Marconi Perillo.
Ajuda do PSB
Esta articulação é feita, principalmente, pelo ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e pelo ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB para ser vice na chapa de Lula. Em Goiás, agora conta com a ajuda do ex-governador José Eliton. Embora até a sua pré-candidatura ao governo de Goiás ainda enfrenta resistência em parte do PT goiano.
Há um cuidado redobrado com esta articulação em Goiás, especialmente porque é um dos Estados onde se mostra mais forte o antagonismo entre as lideranças e os militantes petistas e tucanos (saiba mais aqui). Isto dificulta um diálogo mais pragmático entre os dois partidos.
Tanto, que o ex-governador Marconi teve de declarar recentemente nas redes sociais que PSDB e PT não se misturam em Goiás.