O anúncio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) de que contratou, por meio de licitação, três empresas e um consórcio para a instalação e ampliação dos radares nas rodovias estaduais se tornou o mais recente embate entre a oposição, especialmente a liderada pelo PSDB, e o governo de Ronaldo Caiado (DEM). O contrato é de 36 meses, com custo de R$ 43,7 milhões, para a implantação de 841 pardais nas GO´s. De acordo com o edital, 505 faixas são com equipamentos já instalados e constam 142 como margem de ampliação.
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi um dos que mais criticou. Em suas redes sociais, postou vídeo com duas críticas ao governador Ronaldo Caiado. “Explicar mais uma vez que não foi cumprido, pelo atual governador, o que foi prometido em campanha. Mais uma fake news, mais um gasto que vai custar muito aos bolsos dos goianos e que poderia ser destinado para a saúde, vacinas e educação, que é o que o povo mais precisa”, disse. “Caiado, na calada do noite, fez contrato milionário para aumentar em 60% os radares, conhecidos como pardais, nas rodovias de todo o nosso Estado, para tirar mais dinheiro do bolso dos motoristas em Goiás”, enfatizou o tucano.
Já o governo Caiado voltou a enfatizar que acabou com a chamada “indústria da multa” em Goiás. Mas explica: a promessa de campanha teria sido para acabar apenas com os radares móveis nas rodovias goianas. E comparou os números de multas dos últimos dois anos do governo do PSDB com os dois primeiros anos do governo do DEM: “entre 2017 e 2018, o número de autuações foi de 1.343.864. No biênio 2019/2020, o índice ficou em 1.060.047, o que corresponde a 300 mil a menos”. “Nós temos responsabilidade nas rodovias, mas sem aquelas máfias de antes, que só assaltavam o bolso do goiano”, enfatizou Caiado.
Para justificar os gastos agora com a implantação e ampliação de radares móveis nas rodovias estaduais, além de aumentar a segurança viária, o governo Caiado tem afirmado que os contratos para instalação e manutenção custaram menos 46% aos cofres públicos. O contrato licitado pela gestão passada, em dezembro de 2016, teria custado R$ 81 milhões até outubro de 2020. O atual, deve custar R$ 44 milhões nos próximos três anos.