As principais entidades empresariais de Goiás declararam apoio ao governador Ronaldo Caiado (UB) na batalha contra a proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional. Defendem uma reforma gradual, que comece por corrigir os problemas de cumulatividade e regressividade e, ao mesmo tempo, busque a simplificação e a redução da carga tributária.
Entretanto, pouco sinalizam ainda para uma mobilização maior, principalmente em Brasília. Na última sexta-feira (16/6), as entidades do Fórum Empresarial Goiano publicaram uma carta em agradecimento ao governador Caiado. “Pela grandeza e coragem de defender o futuro dos goianos” diante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
“Nós nos solidarizamos com o governador Ronaldo Caiado nesta defesa e vemos nele a coragem de fazer o enfrentamento a uma legislação que vai prejudicar muito o nosso segmento e todo o Estado. Principalmente, quando mexe nos incentivos fiscais”, disse o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi.
Mudança radical
Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira explica que o setor produtivo goiano não concorda com a mudança radical do modelo de tributação, saindo do modelo de repartição de receitas para o destino puro. “Isso provocará perda de receita para o estado e perda de competitividade para as empresas aqui instaladas”, afirma.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, defende o fatiamento da reforma tributária. Em primeiro lugar, com a simplificação do ICMS. Ele aponta que há um projeto de lei nesse sentido, que simplifica, sem perda de incentivos fiscais e que não tira a autonomia dos estados. Além disso, Mabel afirma que o governo federal pode simplificar “juntando o PIS e o Cofins em outra etapa da reforma”.
Questionados sobre a possibilidade de mobilização dos segmentos do setor produtivo de Goiás, os representantes das entidades empresariais dizem que não há nada programado. Mas contam que têm demonstrado para os parlamentares de Goiás os receios e estudos relacionados à reforma. Eles não descartam uma manifestação em Brasília para chamar a atenção para os riscos da reforma da forma como está proposta.