A discussão sobre a reforma tributária poderá reaproximar o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o governador Ronaldo Caiado (UB). Ambos se afastaram desde 2021, quando Caiado anunciou que Daniel Vilela (MDB) seria seu vice na chapa da eleição de 2022. O senador acabou apoiando a candidatura ao governo do então deputado federal Major Vitor Hugo (PL).
Entretanto, Vanderlan é novamente pré-candidato a prefeito de Goiânia e busca se reaproximar de Caiado para a eleição municipal de 2024. Em 2020, quando foi também candidato na capital, Vanderlan teve o apoio do governador, contra Maguito Vilela (MDB).
O senador, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, anunciou nesta terça-feira (14/6) que vai criar um grupo de trabalho para analisar a reforma tributária, avaliando o Sistema Tributário Nacional (STN). Para ele, é necessário realizar ciclos de debates para discutir profundamente o tema, que é uma das pautas do governo federal.
Campanha de Caiado
Acontece que Ronaldo Caiado está em plena campanha contra o projeto de reforma em discussão no Congresso Nacional. Nesta terça-feira (13/6), em reunião com os governadores do Centro-Oeste, disse que Estados e municípios serão mais prejudicados. E que se o atual projeto for aprovado, haverá contestação na Justiça pelas perdas de arrecadação de tributos estaduais e municipais.
“O que assistimos é uma concentração maior de arrecadação da União, retirando a sobrevivência dos demais federados”, enfatizou Caiado. O projeto prevê a implantação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a unificação da cobrança de tributos como IPI, PIS, Confins, ICMS e ISS. Desta forma, criando o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). Os governadores avaliam que será mais fácil promover mudanças no projeto da reforma tributária no Senado do que na Câmara dos Deputados.
Vanderlan Cardoso defende a urgência de uma análise profunda e minuciosa da reforma tributária. As audiências públicas a serem propostas pelo grupo, disse o senador, devem tratar dos principais temas, como a simplificação e desburocratização tributária e o IVA sob o ponto de vista da indústria e do comércio e do setor de serviços. Além da partilha de receitas, fundo de desenvolvimento regional e compensações por perdas de arrecadação.
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