O ex-deputado estadual Lissauer Vieira (que deve filiar no PL) lidera pesquisa de intenção de votos para a prefeitura de Rio Verde. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Directa, para o portal Rio Verde Agora, Lissauer tem 30,5% na pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados aos eleitores. É seguido pelo deputado Karlos Cabral (PSB), com 10,9%, e pela deputada federal Marussa Boldrin (MDB), com 10,1%.
Sobrino do ex-prefeito Paulo Roberto Cunha, o empresário bolsonarista Daniel Câmara surge em quarto lugar na pesquisa estimulada, com 8,7%. Em quinto, está o médico Wellington Carrijo (MDB), com 8,1% das intenções de votos em Rio Verde. Ele é o nome mais cotado para ter o apoio do atual prefeito Paulo do Vale (UB). Já o médico Osvaldo Fonseca Júnior (Republicanos) aparece na pesquisa com 6,5%. Na eleição de 2020 para prefeito de Rio Verde, ele ficou em segundo lugar.
Os números mostram desafio para todos os pré-candidatos a prefeito de Rio Verde.
No caso de Lissauer Vieira, embora a pesquisa mostre uma folgada vantagem do ex-deputado há um ano da eleição municipal, o maior desafio será manter exatamente esta frente. Uma estratégia, que contém certo grau de risco, será buscar total alinhamento ao eleitorado da direita, especialmente com os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É fato que o bolsonarismo continua forte na região, mas últimas pesquisas indicam que Bolsonaro tem perdido apoiadores com os recentes fatos envolvendo o ex-presidente. Além disso, poderá haver outros candidatos bolsonaristas na cidade, o que dividiria os votos no eleitorado da direita.
Sem rotulagem
O deputado Karlos Cabral poderia ser o candidato do presidente Lula (PT) em Rio Verde, uma vez que está no mesmo partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Mas o parlamentar nega que será um nome da esquerda. Ele se posiciona como político de centro, que tem boa relação com Alckmin e faz parte da base de apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Também afirma que defende o agronegócio, fortemente ligado ao bolsonarismo. Seu desafio é adotar o tom conciliador e navegar nos votos da direita e esquerda, além de se apresentar como um nome experiente para a gestão municipal.
A deputada Marussa Boldrin tem dito que não será candidata a prefeita de Rio Verde, embora seu nome esteja sempre cotado para a eleição de 2024. Mas articula para lançar um candidato do seu grupo. O problema é que seu partido, o MDB, deve mesmo fechar com o candidato do prefeito Paulo do Vale. Cuja gestão, aliás, segundo pesquisas, tem desfrutado de uma aprovação acima de 80% na população de Rio Verde. E é exatamente este fato, além da máquina administrativa, que anima o seu grupo, apesar do seu pré-candidato ainda estar em uma posição desfavorável nas pesquisas.