O Censo 2022 aferiu que, em Goiás, 54,1% da população de 7.054.495 pessoas se declararam pardas. Isso representa 3.822.864 pessoas. A categoria branca veio em seguida, com 2.557.454 pessoas, ou 36,2% da população. Declararam-se pretos 9,1% dos moradores de Goiás (648.560 pessoas), amarelos 0,24% (16.985 pessoas) e indígenas 0,15% (10.432 pessoas).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (22/12). A questão foi autodeclarada, ou seja, os próprios entrevistados definiram sua categoria, e contemplou as seguintes opções: branca, preta, parda, amarela (que o IBGE considera como pessoas de origem oriental) ou indígena.
O Censo 2022 constatou que as mulheres pardas compõem a maior parte da população de Goiás. Tem-se que 27,4% das pessoas que moravam no estado em 2022 se encaixavam nessa categoria. Os homens pardos formam o segundo maior grupo, 26,7% do total.
Com os dados, é possível aferir com mais precisão o rosto médio da população de Goiás: mulheres, pardas, entre 30 e 44 anos. Das 1.938.396 mulheres pardas que moravam em Goiás em 2022, aquelas que se encaixavam na faixa etária de 30 a 44 anos correspondiam a 484.378 pessoas, ou 6,8% da população total do estado. Em segundo lugar estão os homens pardos na mesma faixa etária, que correspondiam a 465.237 pessoas, ou 6,5% do total.
Pardos x brancos
É possível notar que as pessoas de cor parda, no grupo que compreende as idades entre 15 e 29 anos, atingiu 56,8% do total do grupo no ano de 2022. O percentual das pessoas de cor branca, por sua vez, atingiu seu maior índice no grupo de 75 anos ou mais de idade, com 42,8% em 2022. Evidencia-se também, que independentemente do grupo de idade investigado, entre os Censos de 2010 e 2022, houve queda nos percentuais de pessoas autodeclaradas de cor branca, em detrimento do aumento das pessoas autodeclaradas de cor parda e de cor preta.
A população autodeclarada parda superou a branca e se tornou a predominante em Goiânia nos últimos doze anos. Em 2010, os autodeclarados brancos representavam 47,9% e os pardos 44,5%, passando para 43,6% e 47,9%, respectivamente. Além disso, no período entre Censos, a população preta saltou de 5,68% para 7,94%, num aumento absoluto de 40.142 pessoas. Enquanto amarelos caíram de 1,68% para 0,35% e indígenas de 0,16% para 0,13%.
Brasil
O número de pessoas pardas no Brasil superou o de brancas pela primeira vez desde 1872. No ano passado, 92,1 milhões de pessoas se reconheciam pardas, enquanto 88,3 milhões, brancas. Entre os recenseamentos de 2010 e 2022, a população branca caiu de 47,7% para 43,5%, deixando de ser majoritária. Por outro lado, os pardos aumentaram a participação de 43,1% para 45,3%.
A população preta saltou de 7,6% para 10,2%. Em 2022 eram 20,7 milhões de pessoas. A raça indígena também aumentou a participação no total de habitantes do país, de 0,4% para 0,6%, alcançando 1,7 milhão. Além da população branca, a amarela também apresentou recuo, de 1,1% para 0,4%, somando 850 mil pessoas.
Saiba mais: Maioria dos municípios goianos tem mais homens que mulheres