O mundo assiste nesta segunda-feira (20/1) à volta ao poder de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. E o republicano planeja uma série de decretos executivos durante seus primeiros dias no cargo, sendo um deles para retirar proteções trabalhistas de servidores públicos de carreira.
Em uma ligação telefônica com dezenas de aliados neste domingo (19/1), Stephen Miller, novo conselheiro de segurança interna e vice-chefe de gabinete da Casa Branca, expôs os traços do que Trump fará sobre os temas imigração, energia e servidores federais.
Serão assinados 100 decretos executivos nos primeiros dias, alguns deles logo nas primeiras horas após a posse.
O presidente, que prometeu perseguir imigrantes sem documentos, deve declarar situação de emergência na fronteira Sul, restringir concessões de asilo e aumentar as detenções.
Pretende ainda revogar medidas do governo anterior criadas para aumentar a “diversidade, equidade e inclusão” em agências federais, e também anular proteções para pessoas transgênero que recebem benefícios governamentais.
Com relação à política energética, os decretos devem interromper gastos com políticas climáticas, incentivar a perfuração offshore e acabar com o crédito tributário para veículos elétricos.
Comício
Na véspera da posse, o republicano fez ontem seu comício da vitória em Washington e prometeu que a repressão na fronteira começará no primeiro dia de governo. Disse também que irá reverter outras políticas da administração de Joe Biden.
Destacou planos como suspender regulações e acabar com políticas identitárias nas Forças Armadas e em competições femininas escolares.
Trump agradeceu o bilionário Elon Musk, com quem dividiu o palco, pelo apoio durante a campanha. E anunciou medidas como revisar condenações relacionadas ao ataque ao Capitólio e divulgar documentos sobre os assassinatos de figuras históricas como John Kennedy e Martin Luther King.
O discurso foi marcado pelo tom populista e promessas de restaurar o “domínio da lei”.
A promessa de fazer a maior deportação da história do país é apoiada por 55% dos americanos, segundo pesquisa do New York Times e do instituto Ipsos que entrevistou 2.128 americanos entre 2 a 10 de janeiro.
O Itamaraty alertou para a possibilidade de deportação de brasileiros. O texto, no entanto, não cita o novo governo americano.
Moeda Trump
A criptomoeda lançada por Trump na madrugada de sábado atingiu valorização de 1.239% na tarde de domingo, sendo comercializada a quase US$ 64 (R$ 388).
Em capitalização de mercado – o número de tokens multiplicado por seus valores –, a moeda já soma US$ 13 bilhões. Enquanto isso, Trump reservou 80% de sua criptomoeda.