As reclamações por falta de água de consumidores atendidos pela Saneago em Goiás chegou à média de duas por dia em 2020, segundo o jornal O Popular. Foram 754 queixas à companhia, o que dá 28,4% a mais do que ocorreu em 2019 (587). As cidades do Entorno do Distrito Federal (DF) e da região central de Goiás são as que enfrentaram mais interrupções.
Mas, 2020 vai deixar saudades. A previsão para este ano, segundo especialistas, é bem pior por conta da estiagem que começou mais cedo em praticamente todo o País, e especialmente no Centro-Oeste.
O governo Bolsonaro, inclusive, prepara uma Medida Provisória que pode abrir caminho para o racionamento de energia elétrica no Brasil por conta da baixa capacidade de produção nas hidrelétricas por falta de água. A intenção é criar um comitê de crise que terá o poder de adotar medidas como a redução obrigatória do consumo e a contratação emergencial de termoelétricas. Esse cenário muitos brasileiros já conhecem: os infernais apagões há 20 anos, quando a população e as empresas foram obrigadas a diminuir o consumo em 20%.
E tem mais: além de faltar água e ter de reduzir o consumo de energia elétrica, a conta (de água e de energia) ficará mais cara para o brasileiro.