A Esplanada dos Ministérios foi fechada ontem como uma forma de reforçar a segurança na região central de Brasília durante a semana do 7 de Setembro, que terá desfile cívico-militar no Dia da Independência. Em 2021, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) juntaram-se na Esplanada, com carros e caminhões com a bandeira do Brasil acessando as vias do local, depois de retirarem barreiras sem resistência policial. A PMDF disse que os órgãos de segurança pública se reuniram para realizar um “plano estratégico” para barrar caminhões, ônibus e trailers de entrarem na Esplanada.
Mas a PGR não identificou até ontem a preparação orgânica de atos violentos no 7 de Setembro. O procurador-geral da República, Augusto Aras, reuniu-se no começo da tarde com integrantes da Abin para tratar do tema. A PGR já sabe que há manifestantes pró-Bolsonaro concentrados em localidades de Brasília, como a Concha Acústica. Algumas pessoas chegaram em caminhões, a despeito da decisão do governo do Distrito Federal de barrar esse tipo de veículo na Esplanada dos Ministérios.
Já os policiais Militares de São Paulo e do Rio de Janeiro organizam-se para comparecer aos atos pró-Bolsonaro em 7 de Setembro, com mensagens de “luta pela liberdade e democracia” e também com ameaças contra a esquerda e ministros do STF. Segundo o portal Poder360, grupos de WhatsApp e Telegram mostram que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que fazem parte das forças de segurança estaduais não têm uma pauta fechada para as manifestações. Enquanto uma parte fala em se vestir com as cores da bandeira nacional e manifestar-se pela democracia, outra parte ameaça “cacete, bala e bomba nesses esquerdas”.
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