O que está ruim sempre pode piorar. A última semana de outubro já começou com duas péssimas notícias para a economia brasileira. A primeira delas é o aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras. O valor médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro (alta de 7,04%). É o segundo reajuste no preço do combustível este mês. No dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%. A perspectiva é de que será mais comum a partir de amanhã o goiano encontrar o litro da gasolina no patamar de R$ 7 na bomba, o que já havia sido registrado em alguns postos na semana passada.
Já o litro do diesel A passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro (alta de 9,15%). Em 28 de setembro, o diesel havia sofrido aumento de 8,89%. A alta dos preços, segundo a Petrobras, reflete a subida do dólar nos últimos dias. O preço dos combustíveis é um componente fundamental para o cálculo da inflação.
Não bastasse o reajuste dos combustíveis, que já era esperado, hoje o Itaú revisou para baixo a perspectiva da economia brasileira para o próximo ano. A projeção do banco agora é de PIB negativo, de 0,55%. Segundo os economistas, taxas de juros mais altas levarão a uma atividade econômica mais fraca, e agora veem recuo do PIB, ante expectativa anterior de crescimento de 0,5% para 2022. Outro ponto levantado pelo banco em sua análise é o furo do teto de gastos para bancar as ações sociais do governo no ano eleitoral. O relatório, contudo, diz que ainda há tempo para ajustes que podem evitar este cenário.