Após mais de cinco anos sem analisar casos de quebra de decoro, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado deu andamento nesta quarta-feira (14/6) a 13 pedidos de abertura de processos administrativos contra senadores da República. Destes, seis foram arquivados e outros seis foram aceitos. Dois são contra o senador Jorge Kajuru (PSB/GO). Além dele, também há processos contra Cid Gomes (PDT-CE), Chico Rodrigues (PSB-RR), Styvenson Valentim (PO-RN) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
Dos dois processos contra Kajuru, um alega que o senador fez ilações falsas sobre supostos casos de corrupção de parlamentares. O outro pedido aceito pelo Conselho de Ética aponta que o goiano quebrou o decoro parlamentar ao divulgar uma gravação telefônica com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os casos contra Kajuru serão relatados, respectivamente, pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Zenaide Maia (PSD-RN).
Outros processos
O processo contra Cid Gomes foi por ele ter afirmando, em outubro de 2019, que o atual presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), seria “achacador” e chantagista. O processo contra o senador Chico Rodrigues foi motivado pelo fato dele ter sido flagrado em operação da Polícia Federal com dinheiro na cueca.
Já o atual líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, é acusado de quebra de decoro parlamentar por proferir ofensas contra o presidente Jair Bolsonaro, usando termos como “ladrão” e “genocida”. E o senador Styvenson Valentim foi acusado pela então deputada federal Joice Hasselmann de ofender a honra dela ao ironizar o caso de violência sofrido pela ex-parlamentar em julho de 2021.
Os processos arquivados eram contra os senadores Davi Alcolumbre (União-AP), Jayme Campos (União-MT), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e Damares Alves (PRB-DF), além do ex-senador Paulo Rocha (PT-PA). Um contra o senador Flávio Bolsonaro teve a análise adiada para próxima sessão do Conselho.
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