Existem em Goiás pelo menos três organizações criminosas atuando dentro de presídios. Segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça.
No Brasil, segundo levantamento de 2022 a 2024, foram identificadas 88 facções atuantes dentro de 1.760 pavilhões prisionais.
O maior número está concentrado na Região Nordeste: 46. Tendo a Bahia com mais facções atuando: são 21. Seguido pela Região Sul, com 24 facções, a maior parte no Rio Grande do Sul (10).
O Sudeste tem 18 organizações atuando. Em Minas Gerais, com 11 organizações, é palco de disputa entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
A Região Norte aparece com 14 organizações criminosas, e o Centro-Oeste, com 10.
O estudo da Senappen mostra os estágios das organizações criminosas. Das 88, 72 atuam localmente, 14 têm abrangência regional, e outras 2 atuam nacional e internacionalmente.
PCC
Embora São Paulo aparece no levantamento da Senappen com apenas uma facção, trata-se do PCC, a maior organização criminosa atualmente no País. Atua em 24 Estados, inclusive em Goiás, e no Distrito Federal. Somente não atua no Rio de Janeiro (berço do CV) e o Rio Grande do Sul.
O PCC é o principal suspeito pelo assassinato na semana passada do advogado Antonio Vinicius Gritzbach, no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. Além dele, morreu também o motorista de aplicativo Bruno Bastos.
Aliás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) aproveitou o crime em São Paulo para cobrar novamente o governo Lula ações mais efetivas no combate às organizações criminosas no País.
“O atentado foi cometido no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Uma área sob jurisdição federal. Um crime possivelmente fruto de delação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o tráfico, que também é da alçada do governo federal”, postou Caiado nas redes sociais.