A inflação (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses em Goiânia já passou dos 11%, segundo divulgou hoje (10/12) o IBGE. Em novembro, o índice foi de 1,39%, ligeiramente abaixo do de outubro (1,53%). Mas, o suficiente para acumular uma alta de 9,67% neste ano e de 11,01% nos últimos 12 meses. O aumento dos preços é uma das maiores preocupações da população (leia aqui) e tem obrigado o Banco Central a elevar os juros do País numa velocidade nunca antes vista (leia aqui).
O IPCA de novembro de Goiânia ficou acima da média nacional, que foi de 0,95%, abaixo da taxa de 1,25% de outubro. Mas, foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015 (1,01%). No ano, o IPCA acumula alta no Brasil de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A variação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em novembro no País. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto porcentual) vieram dos Transportes. A contribuição desse grupo, individualmente, correspondeu a cerca de 76% do índice do mês.
Os Transportes foram influenciados, principalmente, pela alta nos preços da gasolina (7,38%). Com o resultado de novembro, a variação acumulada do combustível nos últimos 12 meses foi de 50,7%. Além disso, houve altas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Destacam-se ainda as altas nos preços de automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) em novembro.
O segundo maior impacto no ICPA de novembro foi da Habitação (1,03%), cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior (1,04%). Na sequência, veio Despesas pessoais (0,57%). No lado das quedas, os destaques foram Saúde e cuidados pessoais (-0,57%) e Alimentação e bebidas (-0,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Educação e o 1,03% de Artigos de residência.