As altas temperaturas registradas no Brasil podem gerar um aumento nas tarifas de energia elétrica. A Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por exemplo, registrou na última semana uma demanda instantânea de carga acima de 100 gigawatts, carga considerada alta para nosso sistema elétrico.
Assim, mais fontes de energia são acionadas para dar vazão à maior procura, incluídas aí as não-renováveis, como termelétricas. Ainda que não haja previsão de mudança nas bandeiras tarifárias, especialistas alertam que o aumento pode se tornar algo comum para os próximos anos, mesmo sem os efeitos do El Niño aquecendo o país.
Em Goiânia, nesta terça-feira (14/11) foi registrada a tarde mais quente para o mês de novembro da história, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A estação meteorológica automática registrou máxima de 39,2 °C na capital goiana. O Centro, a Região da 44 e o Setor Campinas estão entre os locais mais quentes, devido a pouca presença de árvores.
Mortes
Um relatório assinado por 52 instituições de pesquisa e também por agências da ONU aponta que o número de mortes em decorrência do calor vai quintuplicar nos próximos 30 anos. E, para piorar o cenário, as ondas de temperaturas altas vão prejudicar as colheitas, de forma a jogar mais de meio bilhão de pessoas em insegurança alimentar já a partir de 2041.
Ainda conforme o estudo, em 2022 a humanidade teve de suportar 86 dias de temperaturas nocivas à saúde, sendo cerca de 60% delas ligadas às alterações climáticas. Publicada pela revista científica The Lancet, a pesquisa indica também que, para idosos, o problema é imediato. Doenças que têm mosquitos como vetor devem ter alta de 36% nos anos vindouros.
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