Goiás alcançou, em 2023, a menor taxa de pobreza de sua história: 1,3% da população está abaixo da linha de pobreza, definida em R$ 210 de renda domiciliar per capita. O número coloca o estado em posição de destaque nacional, sendo o segundo menor do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina, e muito abaixo da média nacional de 4,5%.
Os dados analisados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) constam na pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024″, divulgada nesta quarta-feira (4/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A redução da taxa de pobreza em relação a 2022 foi significativa, com recuo de 1,6 pontos (de 2,9% para 1,3%). Isto significa que mais de 110 mil pessoas saíram desta condição em um ano. Além disso, Goiás lidera no combate à extrema pobreza, que é medida pela linha de R$ 110 per capita. Em 2023, a taxa foi de 0,8%, a menor do país, enquanto a média nacional é de 1,7%.
Emancipação
“As políticas sociais de Goiás são reconhecidas em todo o Brasil, pois permitem a emancipação das pessoas, fazendo com que elas passem da condição de pobreza e extrema pobreza para ter renda própria. Nosso estado foi o que mais promoveu essa inclusão nos últimos anos”, comemorou o governador Ronaldo Caiado.
Diretor-executivo do Instituto Mauro Borges, Erik Figueiredo destaca que Goiás deu um verdadeiro salto neste quesito. “Enquanto a extrema pobreza brasileira caiu cerca de 30% entre 2022 e 2023, o recuo em Goiás foi próximo a 50%. O Estado possuía a nona menor taxa de extrema pobreza em 2018. No ano passado, registramos a menor taxa de todo o país. Ou seja, em apenas cinco anos, Goiás conseguiu saltar oito posições”, diz.
Ele também acrescenta que a renda domiciliar per capita média dos 40% mais pobres é 30% superior à registrada nessa mesma faixa no resto do Brasil. Nesse sentido, há menos desigualdade entre as camadas mais baixas e a classe alta em Goiás, sétimo estado menos desigual no ranking.