A quantidade de pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul mais que dobrou em 24 horas, passando de mais de 163 mil na quarta-feira (8/5) para 327.105 nesta quinta-feira (9/5), conforme o último boletim da Defesa Civil estadual.
São pessoas que tiveram, em algum momento, que deixar suas casas e buscar abrigo nas residências de parentes, amigos ou abrigos públicos. No total, 1,74 milhão de gaúchos já foram afetados de alguma forma pelas enchentes, ou seja, perderam casas, estão sem luz, água ou comida.
Custo da reconstrução
Só para reconstruir o que foi destruído, o estado vai precisar de ao menos R$ 19 bilhões, segundo o governador Eduardo Leite (PSDB). “Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores”, afirmou no X.
O desastre ambiental afetou a distribuição de combustíveis, água potável, energia e telecomunicações.
Pacote de ajuda
O governo federal anunciou ontem um pacote de medidas econômicas para mitigar o estrago provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Entre outros pontos, o ministro Fernando Haddad listou a antecipação dos pagamentos do Bolsa Família e do vale gás e da restituição do Imposto de Renda para os moradores do estado.
Há também medidas para o estado e seus municípios, como aval da União para operações de crédito e aporte a fundos de bancos públicos; para empresas, como aumento do prazo para recolhimento de impostos e descontos em juros em empréstimos; e para produtores rurais.
Segundo Haddad, as medidas devem injetar R$ 50 bilhões no estado.
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