Somente de janeiro a março deste ano, 26,9 mil multas foram aplicadas à motoristas que trafegam nos corredores exclusivos para ônibus em Goiânia. Em 2022, foram registradas 94,3 mil infrações, todas por meio de equipamentos eletrônicos. Em 2023, 78,5 mil.
É a segunda maior infração de trânsito na capital, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (8/4) pela Prefeitura. O Código Brasileiro de Trânsito classifica tráfego de veículos não autorizados pela faixa exclusiva como infração gravíssima. A multa é de R$ 293,47 e mais sete pontos na carteira de habilitação.
A faixa exclusiva existe para garantir segurança para os demais usuários da via pública em relação a um veículo de grande porte. Vale lembrar que táxis e veículos do transporte escolar têm a permissão de transitar pelo corredor. Em Goiânia, os corredores atualmente existem nas Avenidas 85, T-63, T-7 e Universitária.
Preocupação
“Esses números coloca a infração em segundo lugar no ranking de autuações na capital, perdendo apenas para o excesso de velocidade. Isto preocupa a secretaria, pois, além do nosso trabalho educativo, precisamos contar com o bom senso e o respeito às leis de trânsito por parte dos condutores”, diz o secretário de Mobilidade, Marcelo Torrubia.
Desde a sua implementação em 2012, as faixas exclusivas para ônibus reduziram a letalidade no trânsito de Goiânia. Dados da Delegacia de Crimes de Trânsito apontam que em 2013 houve 275 mortes. Este número diminuiu para 269 em 2014 e 221 em 2015.
Também melhoraram o tempo de viagem dos ônibus. No corredor da Avenida T-63, por exemplo, a fluidez aumentou entre 14% e 26% nos horários críticos.
O funcionamento da faixa de ônibus em Goiânia segue as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para acessar uma garagem, um estabelecimento comercial ou realizar conversão à direita para as ruas transversais àquelas vias com faixas exclusivas, o motorista deve notar a linha tracejada pintada no asfalto.
Leia também: Estudo destaca custo do transporte público de Goiânia