O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) realizou nesta terça-feira (26/12) o reprocessamento da totalização das eleições gerais estaduais para o cargo de deputado estadual.
O procedimento ocorreu em cumprimento à determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que neste mês cassou o mandato do deputado Fred Rodrigues (DC).
O parlamentar teve indeferido o registro de sua candidatura em 2022 por pendências na prestação de contas relativas à sua candidatura para vereador de Goiânia, em 2020.
“Apurou-se, com o reprocessamento da totalização, a eleição de Cristóvão Vaz Tormin (Patriota), que após receber o diploma da Justiça Eleitoral, estará habilitado a exercer o mandato para o qual foi eleito”, anunciou o TRE.
Polêmicas
Ex-prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin foi afastado da administração municipal por 120 dias em 2020, após ser denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás por importunação sexual contra uma servidora do município.
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) abriu em 2021 processo para fiscalizar a transferência de R$ 581,6 mil dos cofres da prefeitura de Luziânia para a conta do ex-prefeito Cristóvão Tormin em de dezembro de 2020, penúltimo dia da administração do pepista.
Consta do Portal da Transparência do município que o pagamento diz respeito a “diferença salarial relativa ao período de julho de 2014 a julho de 2019”.
Em setembro de 2019, Tormin e a então secretária de Educação da cidade, Cleudinéia Pince, foram acionados pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por improbidade administrativa, por causa da contratação de 230 servidores temporários não concursados e indicados pelo prefeito.
Ainda em 2019, o MP também pediu a exoneração 51 funcionários da prefeitura de Luziânia e da Câmara Municipal que eram parentes de servidores do primeiro escalão, de vereadores e de pessoas politicamente próximas a Tormin. A situação foi classificada na época como nepotismo.
Durante a polêmica, foram instaurados 120 inquéritos civis públicos para apurar eventuais casos de funcionários fantasmas e nepotismo. O MP divulgou que 51 tiveram comprovações suficientes de irregularidades.
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