O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que cumprirá sua ameaça de impor tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir de sábado, 1º de fevereiro.
“É por uma série de razões. A primeira são as pessoas que entraram em nosso país de forma tão horrível e numerosa; número dois são as drogas, fentanil e tudo mais que entrou no país; número três são os subsídios massivos que damos ao Canadá e ao México na forma de déficits”, justificou.
Trump indicou que a taxa “pode aumentar com o tempo”, mas sugeriu que ainda estava considerando se a importação de petróleo seria ou não isenta.
Também indicou que prosseguiria com tarifas sobre a China. Mas não especificou a taxa, embora tenha dito anteriormente que seria de 10%.
Consequências
Aplicar tarifas contra o Canadá e o México, vizinhos e grandes parceiros comerciais dos EUA, pode ter consequências econômicas dramáticas, abalar os mercados e iniciar uma guerra comercial ao minar as proteções de um acordo de livre comércio entre as três nações.
Para a indústria automobilística seriam ainda mais desastrosas. A fabricação de automóveis na América do Norte é tão complexa e interconectada quanto os componentes de um motor de combustão.
A indústria se espalhou pela região por meio de acordos de livre comércio, primeiro com o Canadá em 1965, depois com o México em 1994. Ano passado, 3,6 milhões de carros, cerca de metade das importações de automóveis pelos Estados Unidos em valor, chegaram de seus dois vizinhos.
O impacto seria tão severo que uma tarifa de 25% acabaria com os lucros de Detroit se suas três montadoras não tomarem nenhuma atitude para aumentar os preços ou alterar a produção.