O TSE decidiu ontem (30/6), por unanimidade, que o limite de gastos para campanhas neste ano será o valor de 2018, reajustado pela inflação medida pelo IPCA. Considerando o cálculo a partir de outubro de 2018 até maio de 2022, o IPCA foi de cerca de 26%, segundo o IBGE. A Corte não informou os novos valores. O teto para campanhas deve ser divulgado pelo tribunal até 20 de julho.
Para disputa pela Presidência da República, o limite de gastos de campanha em 2018 foi de até R$ 70 milhões para o 1º turno das eleições. No 2º turno, mais R$ 35 milhões. O teto para campanhas de deputados federais e distritais foi de R$ 2,5 milhões e e R$ 1 milhão, respectivamente. Para cargos de governador e senador, o limite varia de acordo com o eleitorado de cada Estado.
Levando em conta o IPCA no período, os limites para campanhas em 2022 devem ser de: presidente: R$ 88,3 milhões no 1º turno e mais R$ 44 milhões para o 2º turno, se houver; deputado federal: R$ 3,1 milhões; deputado distrital: R$ 1,2 milhão.
Custo em Goiás
Levando em conta a decisão do TSE e a correção pela inflação (IPCA) acumulada, cada candidato ao governo de Goiás poderá gastar até R$ 11,5 milhões na campanha eleitoral no primeiro turno. A estimativa é do jornal O Popular. No segundo turno, o gasto poderá ser de até R$ 5,7 milhões. No total, o postulante ao cargo de governador que estiver nos dois turnos do pleito poderá ter uma despesa de até R$ 17,2 milhões nas eleições de 2022.
Campanha de Lula
O diretório nacional do PT decidiu destinar R$ 130 milhões para a campanha de 1º e 2º turnos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua tentativa de conquistar o 3º mandato à frente do Palácio do Planalto. O montante representa 26,03% do total de R$ 499,6 milhões que o partido terá do Fundo Eleitoral para o pleito deste ano. É pouco menos do que o teto que os candidatos à Presidência da República poderão gastar neste ano, de R$ 132 milhões.
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