O senador Vanderlan Cardoso (PSD) está cada vez mais com pinta de pré-candidato à Prefeitura de Goiânia. Se confirmar, será a terceira vez que ele tentará se eleger prefeito da capital. Tentou e perdeu em 2016 (para Iris Rezende) e 2020 (para Maguito Vilela). Nas duas eleições, ficou em segundo lugar. Mas as recentes declarações do senador são no sentido que ele deve mesmo tentar mais uma vez. Convém lembrar que Vanderlan Cardoso assume o comando estadual do seu partido nesta quarta-feira (31/5) e tem mandato no Senado até 2026.
Vanderlan em disto que a sua principal meta na presidência do PSD será formatar chapas competitivas e lançar candidatos a prefeitos em “todos os municípios goianos”. Contudo, evita cravar sobre sua própria pré-candidatura na capital. “A meta principal é ter candidatura em todos os municípios. Principalmente, Goiânia. Não é que eu queira ser o candidato. Tem de ter todo um consenso em torno do nosso nome”, disse em entrevistas recentes.
Caso dispute a eleição em Goiânia no próximo ano, Vanderlan sabe que terá muita dificuldade de repetir o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) como em 2020. Principalmente depois de ter apoiado no ano passado o ex-deputado Major Vitor Hugo (PL) para o governo estadual. Aliás, ele aposta mesmo é numa aliança com o PL, por conta deste apoio em 2022 e pela sua relação muito próxima com o senador Wilder Morais, presidente estadual da legenda.
Adversários
Um problema será convencer o deputado federal Gustavo Gayer (PL) abrir mão de uma candidatura a prefeito de Goiânia. Para isto, um importante argumento do senador serão as pesquisas qualitativas e quantitativas que serão encomendadas no segundo trimestre do ano que vem. Aliás, Vanderlan move uma ação (tramita no STF) contra Gayer por calúnia e difamação. A depender das conversas futuras, pode ser retirada.
Os potenciais adversários de Vanderlan seriam o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), pré-candidato a reeleição, e de chapas encabeçadas pelo MDB e PT. Os emedebistas apostam em dois nomes: o ex-prefeito Gustavo Mendanha, que retorna ao partido em agosto, e a advogada Ana Paula Rezende. O primeiro precisa ter aval do TSE para ser candidato na capital em 2024. Já a filha de Iris Rezende precisa tomar uma decisão. Qualquer um dos dois terá certamente o apoio do governador Caiado.
O PT tem a pré-candidatura de Eward Madureira, ex-reitor da UFG e assessor da Finep. Mas, caso não se viabilize, outro nome não descartado pelo partido é o da deputada federal Adriana Accorsi. Com a meta de eleger o maior número de prefeitos em 2024, principalmente nas capitais, dificilmente os petistas vão aceitar uma vice em outra chapa, como alguns especulam nos bastidores, especialmente no MDB.