Parte dos vereadores da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) já demonstram preocupação com a perspectiva de terem que votar muitas propostas polêmicas neste segundo semestre. Temem um desgaste excessivo e avaliam que o retorno político que a Prefeitura entrega, em cargos e benfeitorias em suas bases, não está compensando. A postura errática do prefeito com relação a alguns temas (a taxa do lixo, por exemplo, que Rogério se propôs a evitar e logo depois sinalizou que ela era necessária) e a sede arrecadatória da gestão são vistos como agravantes.
A lista de propostas delicadas para serem tratadas nos próximos meses pela Câmara de Goiânia é extensa: além da já citada taxa do lixo, tem a remodelação do sistema de transporte público, cuja proposta de criar faixas tarifárias tende a penalizar moradores das periferias; reajuste na taxa de iluminação, que pode ficar até três vezes mais cara; e as mudanças no IPTU. Além disto, o prefeito não tem cumprido acordos com os servidores, como pagamento da data-base. Muitos vereadores têm sólidos laços com categorias do funcionalismo e estão sendo cobrados por isto. A fidelidade à gestão Rogério Cruz pode ter um custo político muito alto para alguns.