O candidato a governador Vitor Hugo (PL) e a senador Wilder Moraes (PL) demonstram que suas campanhas serão muito dependentes da capacidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) de transferir votos para a dupla. Ambos estarão nesta sexta-feira (12/8) em Brasília para gravar os primeiros programas eleitorais tendo o presidente como principal cabo eleitoral.
Vitor Hugo e Wilder também vão convidar o presidente para a tradicional festa religiosa de Muquém, no Norte Goiano, que será realizada nesta segunda-feira (15/8), depois de dois anos sem público por conta da pandemia da Covid-19. A principal missa é assistida por políticos e candidatos de Goiás.
Também na próxima semana, possivelmente no dia 18, Vitor Hugo e Wilder darão início oficial às suas campanhas. O evento está previsto para ser realizado em Anápolis. E com a presença de Bolsonaro, que esteve na convenção do PL em Goiânia no último dia 27.
Sem grandes aliados importantes em Goiás e com uma coligação de chapa pura, o candidato a governador do PL espera crescer na campanha com empenho do presidente e candidato à reeleição. Um problema é que o eleitorado goiano representa apenas 3% do nacional e Bolsonaro precisa avançar nas intenções de votos por conta da disputa apertada que terá com o ex-presidente Lula (PT).
Para compensar uma provável ausência física de Bolsonaro na campanha em Goiás, Vitor Hugo aposta em material com o presidente para ser postado nas redes sociais e envio por mensagens eletrônicas. Nas mais recentes pesquisas eleitorais, o candidato do PL aparece em terceiro lugar, mas bem atrás do segundo colocado, Gustavo Mendanha (Patriota), que também já declarou ser bolsonarista.
A situação para Wilder Moraes também é desafiadora: ainda aparece com baixa intenção de votos nas pesquisas para o Senado e terá como adversário o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Neste ano há apenas uma vaga disponível para eleição de senador.
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